segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O planejamento no setor público


O setor público no Brasil tem um sistema de planejamento melhor que a grande maioria das empresas privadas. Inicialmente é difícil acreditar nesta informação, mas ao aprofundar o estudo sobre as ferramentas de planejamento à disposição do Estado, verificamos que essa é uma grande verdade.
Esse sistema é basicamente dividido em três ferramentas: Plano Plurialnual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO e Lei Orçamentária Anual - LOA, que são, na verdade, leis de iniciativa do chefe do poder executivo em cada esfera de governo, que são aprovadas após análise do poder legislativo.
O Plano Plurianual - PPA é a principal ferramenta do planejamento governamental, pois estabelece uma visão de futuro e define, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e as metas da Administração Pública para os próximo quatro anos. A Lei de Diretrizes Orçamentária - LDO é elaborada anualmente e sua principal função é ser o elo de ligação entre o PPA e a LOA, ou seja, é o instrumento norteador do orçamento, pois quantifica as diretrizes do PPA. Já a Lei Orçamentária Anual - LOA é o orçamento propriamente dito e como o nome diz, é elaborada anualmente.
Esses são os instrumentos legais de planejamento utilizados pelo Estado brasileiro, que se consolidaram, no final do governo FHC e início do governo Lula, e hoje demonstram ser excelentes ferramentas de gestão, que, a cada ano, otimizam as ações governamentais.
Entretanto, infelizmente, existe ainda um pequeno abismo entre o planejamento e a execução. Falta ao brasileiro, em geral, assimilar a cultura do planejamento na sociedade, pois, na prática encontram-se meios, "jeitinhos" para desconsiderar os critérios pré-estabelecidos.
Com isso, analisando aquela velha máxima que diz: "a teoria na prática é diferente", percebemos o quão errônea é esta frase, visto que, a teoria na prática é a mesma, apenas ocorre que as pessoas aplicam a teoria do forma diferente, distorcendo-a.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O futuro a Deus pertence?


Que tal trabalhar para sustentar o seu... avô?
Pois é exatamente isso que muitos de nós fazemos de forma involuntária, na verdade, de forma obrigatória. É assim que funciona o regime de repartição da previdência adotado no Brasil, na prática, o valor descontado do salário dos trabalhadores correspondente à Previdência Social, é depositado numa conta única, que é utilizada para pagar as aposentadorias e pensões em vigor atualmente, mas ainda assim, não é suficiente para cobrir todos os gastos e gera o famoso déficit previdenciário, que força o governo a assumir dívidas para fechar essa conta. Portanto, aquela ideia de que mês a mês estamos garantindo a nossa aposentadoria não é totalmente verdade, visto que, dependeremos do vigor da nova geração para sermos sustentados.
O Brasil está sentado em uma bomba relógio, que pode explodir a qualquer tempo. A benevolência e o pouco controle da Previdência Social no passado, pode ter gerado uma "herança maldita" para as próximas gerações de trabalhadores, já que terão que sustentar os altos benefícios e ao mesmo tempo se contentar com seus próprios benefícios reduzidos. Um claro exemplo disso são os servidores públicos que tem direito a integralidade na aposentadoria, ou seja, os servidores que entraram no serviço público antes de 2003 têm o direito de se aposentar recebendo o seu salário integral, sem qualquer dedução, já para os pós 2003 será feito o cálculo normal.

Passaremos por momento que será muito benéfico para o país. É um evento que aconteceu em muitos países em desenvolvimento e é um claro sinal da evolução da sociedade, este fenômeno se chama bônus demográfico, que é um momento da distribuição demográfica da população em que a população economicamente ativa (com potencial de trabalho) será maior que a população dependente (idosos e crianças), fazendo com que a razão de dependência caia bastante. Contudo, essa mesma população economicamente ativa irá envelhecer com uma grande expectativa de vida e com a taxa de fecundidade cada vez menor a nossa sociedade, de uma forma geral, irá envelhecer, e é nesse momento que a bomba pode explodir, pois até que ponto os trabalhadores terão força suficiente para sustentar as aposentadorias e pensões? É preciso pensar em mudanças hoje, para a obtenção de resultados a longo prazo, só assim poderemos evitar o desgaste sofrido em alguns países, que coloca a população contra o Estado.
Os indicadores mostram o problema, acontecem muitos exemplos em outros países, a população está claramente evelhecendo, o déficit aumenta a cada ano e o que estamos esperando para tomar atitudes? Tudo é uma questão de vontade política, enquanto isso não estiver incomodando muito, provavelmente não será tratado com a devida importância. Mas até quando?

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Negociar é preciso


Negociar é algo que todos aprendem e praticam ao longo da vida, alguns mais outros menos, alguns melhor outros pior, e para que possamos adquirir êxito com maior frequência em nossas negociações é necessário ter em mente algumas premissas, como: as formas de negociar, os estilos de negociadores e ainda saber propor alternativas a situações conflitantes.
Ao longo dos anos a evolução do conceito de negociação foi evidente, pois antes estava muito ligado ao atendimento das necessidades individuais e pouco importava que resultado o outro teria, porém, hoje há um conceito mais moderno que envolve o atendimento das expectativas de ambos e o compartilhamento de problemas.
A ideia de somente levar vantagem em uma negociação está cada vez mais extinta no mercado, já que as pessoas antes de qualquer coisa visam estabelecer boas relações e seguem os princípios da eficiência (fazer as coisas do modo correto), da eficácia (alcançar os resultados) e o mais recente da efetividade (manter uma boa imagem independentemente do resultado da negociação).
Planejar, saber ouvir, administrar a pressão/emoção, time, rapport, segurança, flexibilidade, poder de convencimento, eloquência, saber separar as pessoas dos problemas, entre outras, são algumas atitudes de um bom negociador, no entanto, não é tão simples reunir todos esses atributos em pouco tempo e por isso devemos nos concentrar naquilo que temos de melhor e nunca deixar de buscar o aprimoramento. Essa disposição é suficiente para começarmos a desenvolver um bom trabalho, o resto só a experiência nos dará.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Empresas inovadoras sobrevivem mais


Toda invenção é uma inovação, mas nem toda inovação é uma invenção, ou seja, para inovar não, necessariamente, é preciso inventar algo, na maioria das vezes a principal sacada está em reinventar o simples e fazer o que é básico, porém eficaz.
Estimular a criação de um ambiente inovador é essencial para a sobrevivência das empresas, não basta inovar apenas em um momento, é preciso que se crie um processo continuado, e para isso existem algumas práticas de estímulo, como o estímulo da criatividade, da comunicação, da capacitação, do reconhecimento e recompensa e do trabalho em equipe. Criar um ambiente favorável a criatividade dos colaboradores é fundamental para que a inovação seja incorporada à cultura da empresa e dá mais espaço para o aproveitamento das ideias.
As mudanças no mercado ocorrem constantemente num ritmo sempre mais frenético e só sobreviverão aquelas empresas que estiverem atentas, por isso é necessário inovar para se adaptar à seleção natural que o mercado faz.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Informação: quanto mais melhor?


Com o advento da internet e das novas tecnologias relacionadas a comunicação, a imprensa ganhou uma nova dinâmica e maior flexibilidade, já que as notícias se espalham pelo planeta de forma instantânea e em grande quantidade. No entanto, até que ponto devemos confiar nessas informações? Quem garante que são verdadeiras?
É impressionante como os veículos de comunicação divulgam informações diferentes sobre os mesmo assuntos, basta comparar. Veja o exemplo abaixo:

Recentemente tivemos uma situação que causou polêmica no campeonato de automobilismo da Fórmula 1, pois a equipe Ferrari, durante a corrida que ocorria na Alemanha, ordenou a seu piloto, o brasileiro Felipe Massa, que deixasse o seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, assumir a primeira posição.
Este acontecimento causou muita polêmica e críticas à equipe, e recentemente, foram divulgadas novas gravações do momento em que ocorreu a ultrapassagem, mas a imprensa parece confusa sobre isso, pois não sabe se piorou ou melhorou a situação da Ferrari, veja:

UOL: F-1 divulga rádio que favorece Ferrari em caso da armação na Alemanha
http://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2010/08/05/f-1-divulga-radio-que-favorece-ferrari-em-caso-da-armacao-na-alemanha.jhtm

GLOBO: Novos trechos de rádio complicam Ferrari no vexame de Hockenheim
http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2010/08/novos-trechos-de-radio-complicam-ferrari-no-vexame-de-hockenheim.html

Em quem acreditar?
O leitor fica no meio dessa guerra e é preciso estar atento com as informações que chegam, para saber processa-las e não apenas aceitar tudo que a impresnsa impõe como verdade absoluta.

terça-feira, 29 de junho de 2010

A nova ordem internacional


O mundo passou boa parte do último século dividido em dois lados: EUA e URSS, uma bipolaridade que prevaleceu enquanto duas das maiores nações do planeta mantiveram uma gananciosa disputa para provar quem tinha mais poder, quem eram os mais inteligentes e mais fortes, quem tinha o melhor sistema político e econômico, enfim, quem eram os melhores. Ao final dessa guerra, que ficou conhecida como "Guerra Fria", prevaleceu o poder dos norte-americanos, que em seguida aumentaram ainda mais sua influência sobre o mundo, pois passaram a exercer papel fundamental para todos os países, tornando-se a única super-potência da economia mundial.
Nos últimos anos, o cenário vem indicando que grandes mudanças acontecerão, pois a influência de países emergentes cresce cada vez mais e poderá resultar numa alteração do comportamento vigente hoje, já que caminhamos em direção a multipolaridade do planeta e serão muitos os países a exercerem seu papel com destaque.
Entretanto, essa previsão de multipolaridade pode vir por água abaixo, em razão do crescimento exorbitante da China, que atualmente, já começa a travar uma guerra econômica com os EUA. A China era um gigante adormecido, que acordou na última década, com muita disposição e vem demonstrando uma enorme força, afinal, quando 20% da população mundial quer alguma coisa, fica difícil pará-los.
É impossível prever com exatidão o rumo que seguiremos, só temos a sensação que passamos por momentos de mudanças e talvez nem estejamos mais aqui para acompanhar seus resultados concretos, já que alterações deste porte demandam muito tempo, mas paulatinamente alteram o nosso destino.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Burocracia eficiente


Atualmente, a palavra burocracia tem sido rechaçada dentro das organizações, em virtude de uma grande conotação pejorativa que adquiriu o termo. Ao longo dos últimos anos uma serie de novas técnicas e modelos de gestão surgiram com críticas ferrenhas a este modelo de organização, fazendo com que aparentemente a burocracia fosse deixada de lado.
Muito se fala sobre o desaparecimento da burocracia em virtude de se tratar de um modelo ultrapassado, no entanto poucos conseguem enxergar que isto é algo impossível, pois a burocracia é a base para toda e qualquer organização que visa o desenvolvimento.
Grandes corporações passaram por processos de “desburocratização” para que assim pudessem crescer e enfrentar a concorrência em um mercado cada dia mais globalizado e competitivo. Porém, é certo que a burocracia é algo básico, necessário e onipresente em toda organização, pois sem ela seria impossível manter um mínimo de ordem.
Para provar que essa informação é verdadeira, imagine como seria trabalhar em uma organização sem regras, sem um mínimo de controle, onde as pessoas não possuem capacidade para assumir seus cargos, o trabalho dividido de forma desigual, processos totalmente despadronizados e com a administração ocorrendo de forma aleatória. Provavelmente seria um imenso caos e se tornaria impossível desenvolver um trabalho eficiente.
No Brasil, não é diferente do resto do mundo, a palavra burocracia está altamente ligada ao serviço público prestado pelo Estado, onde mais uma vez o sentido vulgar é predominante. Contudo, ocorre no país que a grande maioria das instituições públicas não possui estrutura suficiente para atender a sociedade, desde um posto de saúde até o processo de abertura de uma empresa, todo o Estado brasileiro carece de infra-estrutura básica, sem a qual se torna bastante difícil aplicar qualquer modelo organizacional. Em virtude disso, os processos são lentos, as pessoas não são preparadas o suficiente, ocorre um excesso de trâmites e formalismo exagerado e assim toda a culpa recai sobre a burocracia. Mas na verdade, essas organizações, em sua grande maioria, não conseguem aplicar os verdadeiros conceitos do modelo burocrático proposto por Weber e como o sentido vulgar do termo está bastante difundido, não resta alternativa a não ser culpar a forma de organização para que se possa encobrir os reais motivos.

A importância do planejamento para as MPE's em momentos de crise


Após anos de grande liberalismo na economia, os norte-americanos enfrentaram e ainda enfrentam uma grave crise, e como centro da economia mundial, acabam levando todos na mesma direção.
A grande maioria das empresas sente as dificuldades, mas principalmente as pequenas empresas são as mais afetadas, por conta da falta de estrutura para suportar uma recessão. Com isso, o planejamento estratégico ganha ainda mais importância, por se tratar de uma ferramenta que verifica as formas possíveis de adaptação ao meio à qual a empresa está inserida.
Cerca de 99% das empresas brasileiras são MPE's e a grande maioria não tem por prática a elaboração de um planejamento estratégico, porque seus empresários, em geral, não tem conhecimento sobre o assunto. Talvez por isso, mais de 50% fecham as portas antes de completar três anos de vida.
De um modo geral, as MPE's necessitam basicamente de mais conhecimento científico, ou seja, métodos e técnicas de gestão que otimizam o desempenho.

Copa do Mundo de Futebol: o esporte em tempos de globalização


O esporte se transformou em um negócio, um grande negócio que movimenta muito dinheiro, e em muitos casos a esportividade fica em segundo plano, já que o interesse econômico se sobressai.
O futebol, em especial, é um bom exemplo do que vem acontecendo nos últimos anos. As organizações que controlam esse esporte faturam cada vez mais, pois o interesse da população permanece em constante ascensão.
A Copa do Mundo de Futebol se tornou um grande evento de entretenimento, em que o país sede quer mostrar ao mundo, muito mais que futebol, ou seja, quer que todos conheçam bem seu país e principalmente atrair investimentos e turistas.
Na cobertura de um evento desse porte, as empresas de internet, rádio e principalmente televisão, conseguem excelentes receitas com publicidade, e para isso é necessário vender a idéia do grande show que se tornou a Copa, atraindo sempre mais a atenção das pessoas e consequentemente das empresas que desejam divulgar sua marca.
Apesar de ter se transformado em negócio, o esporte nunca perderá sua magia, que encanta crianças e adultos e faz as pessoas, ao menos por alguns minutos, esquecerem dos problemas e se concentrar apenas no espetáculo que o esporte proporciona.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O Brasil no contexto da economia mundial

Durante anos fomos considerados o país do futuro, mas será que esse futuro finalmente chegou? A expectativa para essa década que se inicia é muito grande e o país apresenta boas condições para iniciar um duradouro crescimento.
Estaremos no centro do mundo com a realização de dois grandes eventos esportivos (Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro), que atrairão investimentos externos e farão com que todos conheçam melhor o país.
Pesquisas apontam que em cerca de quinze anos seremos a quinta maior economia do mundo, no entanto, para isso será preciso mais investimentos em infraestrutura, e não apenas a infraestrutura física, como: portos, aeroportos, estradas, trens, navios e etc., mas principalmente a infraestrutura intelectual, ou seja, precisamos formar mais profissionais capacitados e priorizar a educação ou talvez não suportaremos a carga.
Outro fator interessante que auxiliará o crescimento do país, é que nesse período ocorrerá um fenômeno social chamado de bônus demográfico, que é um momento da distribuição demográfica em que a população economicamente ativa será maior que a população dependente (crianças e idosos), isso significa que teremos uma grande força de trabalho disponível no mercado com uma baixa razão de dependência.
Nos últimos anos tivemos grandes avanços sociais, nossa população está menos pobre e com melhores condições de vida, mas ainda precisamos melhorar muito nesse aspecto, já que a desigualdade social, econômica e cultural permanece alta
De um modo geral, necessitamos transformar expectativa em trabalho, para evitar que mais uma vez tudo não passe de um sonho, portanto, vamos ao trabalho!